Férias de verão no inverno - ainda bem que é o do Brasil! Campinas, São Paulo, Belo Horizonte e Florianópolis. Prioridade: família, amigos, comida caseira e conversa mole. Até agora só fomos a um lugar novo - dois dias na Serra do Cipó, a 100km de BH. Horrores de saudade da roça mineira! Vieram à mente várias outras viagens e histórias engraçadas com o mesmo cenário, oito ou dez anos atrás. Sem fotos digitais pra comprovar, aliás, porque demorei séculos pra comprar uma câmera moderna. Conceição do Ibitipoca, Serra da Canastra, Pocinhos, Delfinópolis, tudo calcário e água gelada escorrendo pra todo lado. Pinga local, pão de queijo, café e prato feito de carne, arroz, feijão, batata frita, salada e farofa. Caldo de mandioca, trilhas sem fim, terra vermelha, poeira, calor de dia, frio de noite, porque essas viagens a gente sempre inventava no inverno.
Mesmo em pleno agosto dá pra aproveitar as cachoeiras do Cipó. Belzonte e região são mesmo um sertão (como diz a vó), um calor dos infernos all year round, e no inverno não precisa preocupar com a chuva, só com as alergias da vida - por causa do mega poeirão que se instala e não vai embora até as chuvas finalmente vierem.
Em fins de semana e feriado o lugar fica bem cheio. Tem muitas pousadas no Cipó, mas se você puder se dar ao luxo de ir enquanto todos trabalham e vão à escola, pode ir sem fazer reserva e bater de uma em uma até achar um preço que te agrade (leia-se: eu fiquei no carro e azamiga bateram de porta em porta, porque elas são tudo e muito pacientes). Onde ficamos definitivamente não é importante, porque deve ser muito parecida com a maioria das outras pousadas - quarto com banheiro, cobertores daqueles que pinicam (todos os cobertores me pinicam) e café da manhã mineiro (super lovely pra quem não é de Minas e 'mínimo necessário' pra quem é). Na verdade não lembro o nome da pousada nem onde era, só sei que o dono era o seu Orlando negociamos o preço de 150 reais por dia por dois quartos de casal (37,50 por pessoa). As casas lá tem fossa, então se o encanamento for malfeito há o risco de que seu banheiro cheire muito mal depois de banhos e descargas. O nosso superou as expectativas, não dava nem pra entrar depois. Mas por uma noite apenas foi suportável.
Quando chegamos ao Cipó também checamos a possibilidade aproveitar o gentil oferecimento de um amigo da vó - dormir de graça no seu chalé. Fomos conferir a casinha, mas quem foi lá por último definitivamente não fez aquela faxina de despedida, deixando o cenário familiar demais pra mim, que assisti Evil Dead oito vezes. Já imaginei um porão, uma fita maligna.. Deixa pra próxima. Decidimos ir direto pra cachoeira e cuidar da acomodação mais tarde.
A Cachoeira Grande é a de mais fácil acesso (a 5km do centro, mais uma caminhadinha de nada) e segundo dizem, tem que visitar na baixa temporada mesmo porque do contrário é uma farofa insuportável. Pelo que eu entendi, praticamente todas as cachoeiras do Cipó ficam em propriedade particular e hoje em dia esses proprietários cobram uma taxa aos visitantes. Digo hoje em dia porque nem sempre foi assim; vó e Janeth são cheias de histórias sobre the good ol' days quando caminhavam por lá à vontade e ninguém se importava. Isso mudou bastante e alguns lugares chegam a cobrar 15 reais por pessoa para a visita. Na baixa temporada, mais uma vez, é diferente: dá pra conversar e conseguir descontinhos.
Eu particularmente adorei a Cachoeira Grande. Não tinha uma alma viva lá e o cenário é mesmo lindo. Tomamos sol na pedra, nadamos nas águas polares (eu molhei o pezinho) e tivemos um dia fantástico.
Depois da cachoeira e de achar uma pousada, tinha que matar a saudade do PF mineiro. Um dos mais tradicionais lá é o Restaurante do Marquinho, barato e a comida é uma delícia. Adoooro essa mania de misturar no mesmo prato arroz, feijão e macarrão. Comoassim. Mas acho que no quesito PF nada ainda superou os do Vale do Capão, na Chapada Diamantina. Tinha até abóbora refogada com pimenta.
A cachoeira do dia seguinte foi um pouco mais longe. Vó queria sair da cidade e nos mostrar a serra, de verdade, subir morro e tudo. Então fomos de carro até a Cachoeira da Caverna (a mais ou menos 30 km do centro, com uma caminhada de 10 minutos). Não vi a tal da caverna, mas também não entrei embaixo da cachoeira pra conferir. Não não, prefiro ficar com os calangos no sol, muito obrigada. Ficar perto da cachoeira era um pouco desconfortável, porque é um barranco de pedra, então subimos o rio pra encontrar um lugar melhor. É bem gostoso ali, no alto das pedras, se bem que longe da água.
Another lovely day e a hora de voltar chegou. Foi mesmo um pulinho. Com certeza voltaria ao Cipó pra conhecer outras cachoeiras e fazer trilhas, talvez até acampar em áreas menos exploradas do parque? Pesquisando dá pra ver que o Cipó oferece toda sorte de atividade, de escalada a cavalgadas. Alguns sites interessantes são o Portal Cipó, Serra do Cipó pelas listas, e Viagens Maneiras pelas dicas. Observe a dos carrapatos! Felizmente não importamos nenhum pra BH.
O Cipó foi uma nova experiência, mas me deixou super nostálgica. Foi um pouco como voltar no tempo, aquelas viagens e lugares tão familiares pra mim uma década atrás. Tovéia?
Mesmo em pleno agosto dá pra aproveitar as cachoeiras do Cipó. Belzonte e região são mesmo um sertão (como diz a vó), um calor dos infernos all year round, e no inverno não precisa preocupar com a chuva, só com as alergias da vida - por causa do mega poeirão que se instala e não vai embora até as chuvas finalmente vierem.
Essa mini-viagem ao Cipó foi uma versão mais confortável dessas outras, já que desta vez a gente ficou numa pousadinha em vez de um camping e não andou quase nada até cachoeira nenhuma, porque a intenção era só descansar, curtir e assuntar mesmo. Chegar lá é fácil demais (vindo de Belo Horizonte, são só 100km muito bem sinalizados e asfaltados).
Em fins de semana e feriado o lugar fica bem cheio. Tem muitas pousadas no Cipó, mas se você puder se dar ao luxo de ir enquanto todos trabalham e vão à escola, pode ir sem fazer reserva e bater de uma em uma até achar um preço que te agrade (leia-se: eu fiquei no carro e azamiga bateram de porta em porta, porque elas são tudo e muito pacientes). Onde ficamos definitivamente não é importante, porque deve ser muito parecida com a maioria das outras pousadas - quarto com banheiro, cobertores daqueles que pinicam (todos os cobertores me pinicam) e café da manhã mineiro (super lovely pra quem não é de Minas e 'mínimo necessário' pra quem é). Na verdade não lembro o nome da pousada nem onde era, só sei que o dono era o seu Orlando negociamos o preço de 150 reais por dia por dois quartos de casal (37,50 por pessoa). As casas lá tem fossa, então se o encanamento for malfeito há o risco de que seu banheiro cheire muito mal depois de banhos e descargas. O nosso superou as expectativas, não dava nem pra entrar depois. Mas por uma noite apenas foi suportável.
Quando chegamos ao Cipó também checamos a possibilidade aproveitar o gentil oferecimento de um amigo da vó - dormir de graça no seu chalé. Fomos conferir a casinha, mas quem foi lá por último definitivamente não fez aquela faxina de despedida, deixando o cenário familiar demais pra mim, que assisti Evil Dead oito vezes. Já imaginei um porão, uma fita maligna.. Deixa pra próxima. Decidimos ir direto pra cachoeira e cuidar da acomodação mais tarde.
A Cachoeira Grande é a de mais fácil acesso (a 5km do centro, mais uma caminhadinha de nada) e segundo dizem, tem que visitar na baixa temporada mesmo porque do contrário é uma farofa insuportável. Pelo que eu entendi, praticamente todas as cachoeiras do Cipó ficam em propriedade particular e hoje em dia esses proprietários cobram uma taxa aos visitantes. Digo hoje em dia porque nem sempre foi assim; vó e Janeth são cheias de histórias sobre the good ol' days quando caminhavam por lá à vontade e ninguém se importava. Isso mudou bastante e alguns lugares chegam a cobrar 15 reais por pessoa para a visita. Na baixa temporada, mais uma vez, é diferente: dá pra conversar e conseguir descontinhos.
Eu particularmente adorei a Cachoeira Grande. Não tinha uma alma viva lá e o cenário é mesmo lindo. Tomamos sol na pedra, nadamos nas águas polares (eu molhei o pezinho) e tivemos um dia fantástico.
Depois da cachoeira e de achar uma pousada, tinha que matar a saudade do PF mineiro. Um dos mais tradicionais lá é o Restaurante do Marquinho, barato e a comida é uma delícia. Adoooro essa mania de misturar no mesmo prato arroz, feijão e macarrão. Comoassim. Mas acho que no quesito PF nada ainda superou os do Vale do Capão, na Chapada Diamantina. Tinha até abóbora refogada com pimenta.
A cachoeira do dia seguinte foi um pouco mais longe. Vó queria sair da cidade e nos mostrar a serra, de verdade, subir morro e tudo. Então fomos de carro até a Cachoeira da Caverna (a mais ou menos 30 km do centro, com uma caminhada de 10 minutos). Não vi a tal da caverna, mas também não entrei embaixo da cachoeira pra conferir. Não não, prefiro ficar com os calangos no sol, muito obrigada. Ficar perto da cachoeira era um pouco desconfortável, porque é um barranco de pedra, então subimos o rio pra encontrar um lugar melhor. É bem gostoso ali, no alto das pedras, se bem que longe da água.
Another lovely day e a hora de voltar chegou. Foi mesmo um pulinho. Com certeza voltaria ao Cipó pra conhecer outras cachoeiras e fazer trilhas, talvez até acampar em áreas menos exploradas do parque? Pesquisando dá pra ver que o Cipó oferece toda sorte de atividade, de escalada a cavalgadas. Alguns sites interessantes são o Portal Cipó, Serra do Cipó pelas listas, e Viagens Maneiras pelas dicas. Observe a dos carrapatos! Felizmente não importamos nenhum pra BH.
O Cipó foi uma nova experiência, mas me deixou super nostálgica. Foi um pouco como voltar no tempo, aquelas viagens e lugares tão familiares pra mim uma década atrás. Tovéia?
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