10 motivos para adorar Caracas...
1. O clima é ótimo pra quem gosta de sol. É difícil ver um dia inteiro nublado por aqui.
2. A gasolina é quase dada. Hoje em dia custa por volta de 50 centavos de dólar o litro. Isso se considerarmos a taxa de câmbio oficial, que é 1:2… Porque a real é bem diferente. Atualmente se encontra por 1:6. E a eletricidade é barata também.
3. O litoral é bem próximo e lindo. E as ilhas caribenhas estão logo ali…
4. O povo é festeiro e simpático.
6. A cidade tem centenas de restaurantes de tudo que é tipo e muito bons.
7. Aqui em qualquer esquina eles têm os tais pepitos de carne ou de pollo, muito melhores que cachorro-quente.
8. Há muitas mulheres bonitas.
9. A comida local é uma delícia. O café da manhã típico é o melhor…
10. Aqui está a sede do governo venezuelano que, mal ou bem, fez recentemente algumas coisas pelos mais pobres, que afinal são a maioria da população.
... e 10 para falar MUITO FRANCA.
1. Quem não suporta sol o TEMPO TODO fica incomodado. E o calor, somado ao pouco-caso que o povo aqui (e a administração em geral) faz em relação à limpeza pública, dão à Caracas seu característico cheirinho de cidade-cascão.
2. Se os petroeuros, petrodólares e etc estão bombando aqui, por outro lado a inflação e o desabastecimento estão comendo soltos. Falta leite, ovos, óleo de cozinha, farinha de trigo e frango nos supermercados, periodicamente. Leite de verdade virou lenda aqui por uns bons oito meses. E estou falando da parte Leste da cidade, ou seja, dos bairros de classe média e alta. Cada vez que vou às compras aqui gasto uma fortuna em bolívares por coisinhas bobas, já que a moeda está cada vez mais desvalorizada. Fora falta de variedade… Saudades do Pão de Açúcar do Cambuí!
3. As praias são lindas, mas as cidades são o gongo. Feias é apelido. E aqui encontrei um povo mais sem noção com seu próprio lixo do que o brasileiro, que já não é um exemplo.
4. O povo é tão tolerante com os malfeitos alheios, mas tão tolerante, que a cidade e especialmente o trânsito são um caos. Ninguém liga muito para semáforos, buzinam loucamente, correm muito, estacionam em qualquer lugar e fazem barulho onde e quando estão com vontade. A maioria das pessoas joga todo tipo de lixo na rua, nas praias, e não está nem aí.
5. Porque o petróleo é barato e as pessoas são muito vaidosas de seus carros, a quantidade de veículos imensos aqui é impressionante. Resultado: ruas cada vez mais intransitáveis e permanente aroma de diesel. Seria de se esperar, por outro lado, que o asfalto fosse abundante e o transporte barato. Bem, aqui a manutenção de ruas e estradas é beeeem abaixo do necessário e os ônibus são sim, baratos, mas pequenos, sujos, lotados e sem padronização nenhuma (são de particulares). Existem ônibus 'normais', pertencentes à prefeitura talvez, mas bem raros. Os táxis deveriam ser baratos mas não são. Não trabalham com taxímetro, então o cliente DEVE perguntar o preço e pechinchar a corrida antes de embarcar.
6. Os preços praticados em restaurantes aqui são de deixar qualquer economista encucado. Quando se trata da refeição em si, é possível pagar a mesma coisa, por exemplo, por um fino linguini negro com frutos do mar em um restaurante chic e por um prato de peito de frango grelhado, legumes e purê (sem leite) num sujinho do centro. Agora, se vc pedir drinques no chic é provável que sua conta vá dobrar...
7. Não tenho nada pra falar contra os pepitos. Eles são uma delícia! Euquesei...
8. Me sinto na Terra da Páscoa Permanente, por causa do formato oval dos homens daqui. Eles parecem não dar a mínima pra aparência. Desenvolver panças E queixo duplo do dia para a noite é o esporte nacional. Quanto às mulheres, toda vez que eu juro que AQUELE silicone é o maior que já vi na vida, vem outro par e bate o recorde. Santa obsessão!
9. A comida típica é uma delícia mas também engorda que é uma beleza.
10. Alguém aí ouviu POPULISMO bem alto? A Venê partilha da tradição sul-americana de um histórico de governos corruptos-pró-elite-que-deixaram-como-marca-indelével-a-imensa- pobreza-da-maior-parcela-da-população. Nada novo. Daí o atual governo tenta reverter este quadro através do velho truque do revanchismo, estimulando a desunião do país (oi? divide to conquer?), o sentimento de vingança das classes pobres e a fuga massiva da classe média e alta, dos cérebros e do capital nacional e internacional. As intenções podem ser BOUAS, mas os meios são discutíveis, como é de praxe em política.
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