A partir de amanhã euquesei vai estar bundando em Buenos Aires.
Aguardem notícias.
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Caracas leva o Prêmio Presunto 2008
Euquesei é informação (atrasada).
Em setembro a revista americana Foreign Policy publicou uma lista de top 5 cidades onde se cometem mais homicídios no mundo. Caracas, longe de fazer feio, levou o troféu: 130 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes. Em uma população oficial de 3,2 milhões de pessoas.
(leia ouvindo Crimewave - Crystal Castles vs Health)
Já tinha ouvido falar que Caracas é a cidade mais violenta do mundo em outras ocasiões, mas o que impressiona desta vez é que os números com que a revista trabalhou são bastante conservadores. Os dados oficiais do governo omitem homicídios relacionados ao sistema prisional e outros que não chegam a ser "categorizados". E, claro, não contam as mortes causadas por "resistência à prisão". Conhecendo a fofurice habitual da polícia daqui, não é de se espantar. Eles são assustadores.
Sempre escuto histórias absurdas de coisas que eles aprontam na cara do povo, como por exemplo o que um de meus alunos contou: ele saía do trabalho, em um escritório aqui perto, caminhando com mais um colega, quando foi abordado por dois policiais perto da ponte. O motivo? Queriam dinheiro. Depois de limpar as carteiras dos coitados, saíram rindo. Isso às sete da noite, em um bairro de classe média alta. Imagina então o que não é no resto da cidade.
O artigo ainda põe o dedo na cara do presidente e diz que desde que Chávez assumiu o governo, em 1998, a taxa de homicídio oficial aumentou em 67%. Miércoles!
Outras fontes não-oficiais calculam que a taxa real é ainda maior: 160 por 100 mil. Pra vocês terem uma idéia do quanto isso é grave, a Cidade do Cabo (África do Sul) tem uma população de 3,5 milhões e levou o segundo lugar no top 5 com uma taxa de 62 homicídios por 100 mil habitantes. Menos da metade de Caracas.
A Foreign Policy não dá, no site, a fonte dos números, mas em uma entrevista à Terra Magazine o sociólogo venezuelano Roberto Briceño León confirma que os dados sim existem e já foram anunciados há alguns meses pelo Observatório Venezuelano da Violência, núcleo da Universidade Central da Venezuela.
Saquem só esse trecho da entrevista: Por que o governo foi incapaz de melhorar os índices de criminalidade, apesar de todas as ações que foram tomadas? Porque não existe uma política, não se sabe o que fazer. Não se reconhece que isto é um problema grave. Porque não houve uma descontinuidade notória entre um ministro (de Interior) e outro.
A impressão pessoal que eu tenho aqui em relação à qualquer administração pública é exatamente essa: não sei e tenho raiva de quem sabe.
Outra informação interessante: a pobreza, claro, sempre foi culpada pela violência. Na Venezuela, porém, indicadores sociais como renda e consumo melhoraram nos últimos anos; mas os homicídios continuaram aumentando horrivelmente. A explicação, segundo o sociólogo, é de ordem política, ou seja, da perda do pacto social e da perda da legitimidade das instituições, da existência de uma ação de governo que se dedicou a quebrar a legitimidade institucional, a elogiar condutas transgressoras, e isso tem conseqüências na criminalidade cotidiana.
Disse tudo. A tal Revolução Bolivariana aqui é uma desculpinha muito da vagabunda pra usar a Venezuela como um talão de cheques. E o resultado (parcial) é esse aí, crianças.
Em setembro a revista americana Foreign Policy publicou uma lista de top 5 cidades onde se cometem mais homicídios no mundo. Caracas, longe de fazer feio, levou o troféu: 130 homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes. Em uma população oficial de 3,2 milhões de pessoas.
(leia ouvindo Crimewave - Crystal Castles vs Health)
Já tinha ouvido falar que Caracas é a cidade mais violenta do mundo em outras ocasiões, mas o que impressiona desta vez é que os números com que a revista trabalhou são bastante conservadores. Os dados oficiais do governo omitem homicídios relacionados ao sistema prisional e outros que não chegam a ser "categorizados". E, claro, não contam as mortes causadas por "resistência à prisão". Conhecendo a fofurice habitual da polícia daqui, não é de se espantar. Eles são assustadores.
Sempre escuto histórias absurdas de coisas que eles aprontam na cara do povo, como por exemplo o que um de meus alunos contou: ele saía do trabalho, em um escritório aqui perto, caminhando com mais um colega, quando foi abordado por dois policiais perto da ponte. O motivo? Queriam dinheiro. Depois de limpar as carteiras dos coitados, saíram rindo. Isso às sete da noite, em um bairro de classe média alta. Imagina então o que não é no resto da cidade.
O artigo ainda põe o dedo na cara do presidente e diz que desde que Chávez assumiu o governo, em 1998, a taxa de homicídio oficial aumentou em 67%. Miércoles!
Outras fontes não-oficiais calculam que a taxa real é ainda maior: 160 por 100 mil. Pra vocês terem uma idéia do quanto isso é grave, a Cidade do Cabo (África do Sul) tem uma população de 3,5 milhões e levou o segundo lugar no top 5 com uma taxa de 62 homicídios por 100 mil habitantes. Menos da metade de Caracas.
A Foreign Policy não dá, no site, a fonte dos números, mas em uma entrevista à Terra Magazine o sociólogo venezuelano Roberto Briceño León confirma que os dados sim existem e já foram anunciados há alguns meses pelo Observatório Venezuelano da Violência, núcleo da Universidade Central da Venezuela.
Saquem só esse trecho da entrevista: Por que o governo foi incapaz de melhorar os índices de criminalidade, apesar de todas as ações que foram tomadas? Porque não existe uma política, não se sabe o que fazer. Não se reconhece que isto é um problema grave. Porque não houve uma descontinuidade notória entre um ministro (de Interior) e outro.
A impressão pessoal que eu tenho aqui em relação à qualquer administração pública é exatamente essa: não sei e tenho raiva de quem sabe.
Outra informação interessante: a pobreza, claro, sempre foi culpada pela violência. Na Venezuela, porém, indicadores sociais como renda e consumo melhoraram nos últimos anos; mas os homicídios continuaram aumentando horrivelmente. A explicação, segundo o sociólogo, é de ordem política, ou seja, da perda do pacto social e da perda da legitimidade das instituições, da existência de uma ação de governo que se dedicou a quebrar a legitimidade institucional, a elogiar condutas transgressoras, e isso tem conseqüências na criminalidade cotidiana.
Disse tudo. A tal Revolução Bolivariana aqui é uma desculpinha muito da vagabunda pra usar a Venezuela como um talão de cheques. E o resultado (parcial) é esse aí, crianças.
Dica da Bu
Fios, sobre os restaurantes indianos em São Paulo que eu mencionei no post passado, minha dear Bu deu os seguintes pareceres, que eu compartilho aqui com vocês:
Sobre os restaurantes, o Tandoor é bem típico mas não sei de que região da Índia. Os donos são indianos e a comida é ótchima e mega picante.
O Gopala é aqui pertinho e muito bom, mas outro dia comi um escondidinho de jaca (??) e outro dia ainda serviram uma lasanha com quiabo. Indian?
O Puri é bar, nem comento a canalhice.
O Govinda minha mãe conhece e diz que é ótimo.
Reconheço e dou fé. Thanks Bu!
Sobre os restaurantes, o Tandoor é bem típico mas não sei de que região da Índia. Os donos são indianos e a comida é ótchima e mega picante.
O Gopala é aqui pertinho e muito bom, mas outro dia comi um escondidinho de jaca (??) e outro dia ainda serviram uma lasanha com quiabo. Indian?
O Puri é bar, nem comento a canalhice.
O Govinda minha mãe conhece e diz que é ótimo.
Reconheço e dou fé. Thanks Bu!
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A gulosa auto-suficiente: duas receitas fáceis de comida indiana
Namastê, crianças!
Eu nunca fui à Índia, mas qualquer pessoa que já tenha visitado a Europa, principalmente a Grã-Bretanha, já teve contato com a cultura indiana. Em Londres há um restaurante indiano em cada esquina - todos os bairros têm ao menos um local indian. Geralmente são baratos, não tanto quanto os chineses, mas gastando trinta libras já comprei comida que durou uns três dias pra almoço e jantar... Não tem miséria com eles não!
Sei também que "comida indiana" é um termo genérico demais, visto que as diferentes regiões da Índia têm cada uma sua cozinha e seus pratos preferidos - e as cozinhas do Paquistão e de Bangladesh acabam também caindo no mesmo rótulo. Isso porque, para o leigo, são mesmo semelhantes na aparência e no uso de temperos. Mas não se engane: cada ramo da cozinha indiana possui uma ampla seleção de pratos e técnicas culinárias. Embora grande parte das receitas seja vegetariana, muito pratos indianos tradicionais incluem frango, peixe, bode, cordeiro e outras carnes. Bife não é comido pela maioria dos hindus.
Em São Paulo eu contei apenas sete restaurantes indianos:
Delhi Palace: Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1132 - Itaim Bibi - (11) 3073-1209
Ganesh Av. Roque Petroni Jr., 1089 - Shopping Morumbi - (11) 5181-4748
Gopala: Rua Antônio Carlos, 413 - Cerqueira César - (11) 283-3867
Govinda: Rua Princesa Isabel, 379 - Brooklin - (11) 5092-4816
Maha Mantra: Rua Fradique Coutinho, 766 - Vila Madalena - (11) 3032-2560
Puri Bar & Restaurante: Rua Augusta, 2052 - Jardim Paulista - (11) 3081 - 8667
Tandoor: Rua Dr. Rafel de Barros, 408 - Paraíso - (11) 3885-9470
E isso que o tal Puri se diz indiano, mas no site oferece feijoada aos sábados... Sei não! Melhor confirmar antes de ir. Aliás eu mesma nunca fui em nenhum deles, por isso se você já foi, me escreva contando.
Em Caracas o único restaurante listado é o Masala [Av. Francisco de Miranda, Torre Delta - Altamira - (0212) 267-0878]. Vale a pena ir se você, como eu, está em plena crise de abstinência de curry. Isso porque a experiência é bem fraquinha: o restaurante tem aquela cara de hotel, um salão grande com toalhas de mesa creme e mobília escura. E no cardápio, pelo que eu me lembre, não se vêem mais que dez opções. Como assim! Qualquer takeaway (os restaurantes só "para levar" dos britânicos) indiano minúsculo oferece no mínimo o triplo disto. Meu curry estava gostoso; mas o risoto vegetariano que o Paul pediu, não. De toda forma eu nunca vi risoto em nenhum cardápio indiano antes.
Pois bem, então bora ser uma gulosa auto-suficiente e catar umas panelas e assaltar a prateleira de temperos do supermercado. E achar umas receitas fazíveis, algo para os iniciantes, de preferência vegetarianas, que na minha opinião são o que os indianos fazem melhor.
Minha amiga Karla, boa professora que é, me indicou o Manjula's Kitchen, de uma senhorinha indiana que ensina receitas vegetarianas básicas com vídeo, passo a passo. É realmente idiot-proof.
Como ela ensina em inglês e eu sou uma boa alma, vou fazer o obséquio de explicar algumas receitas que eu testei aqui no blog.
A de hoje é o meu jantar de ontem: Pulav (arroz com vegetais) e Toor Dal (lentilhas).
Note que eu não sou indiana e que vivo em Caracas, portanto tive que fazer algumas adaptações, por falta deste ou daquele tempero, pois tive que me contentar com o que tinha no supermercado (que por sinal é o que se encontra nos supermercados brasileiros também). A receita original está no site.
PULAV
Ingredientes:
Para o arroz
1 xícara de arroz
1 xícara de sementes de cominho
2 folhas de louro
1 colher (chá) de sal
Para os vegetais
1 colher (chá) de sementes de cominho
1 cenoura picada
1 xícara de couve-flor picada
1/4 de pimentão vermelho picado
1/4 de pimentão verde picado (se você gosta de sabores picantes, substitua este por pimenta verde ardida picada)
1 colher (chá) de gengibre ralado fininho
1/2 colher (chá) de garam masala*
1 colher (sopa) de suco de limão
coentro picado para enfeitar
* Garam masala é um tempero que combina cinco especiarias ou mais especiarias. Sua composição varia nas diferentes regiões da Índia. Como eu não tinha garam masala pronto, segui uma receitinha básica:
- 2 cravos
- 1/4 colher (chá) de sementes de cominho
- 1/4 de ramo de canela picado
- 1/4 colher (chá) de noz-moscada
- 1/4 colher (chá) pimenta preta
Misture tudo e se tiver um pilãozinho ou espremedor de alho, tente moer a mistura. Eu não tinha, então adicionei um pouco de água e fervi. A mistura rende o equivalente a 1 colher (chá) de garam masala. Pra este jantar, dobre as quantidades, porque você vai precisar de uma pros vegetais e uma pras lentilhas.
Modo de preparo:
Esquente 2 colheres (sopa) de óleo e refogue as sementes de cominho. Adicione o arroz e as folhas de louro, deixe refogar por um minuto e adicione água suficiente (em torno de duas xícaras). Deixe cozinhando e vá preparar os vegetais.
Em uma frigideira com 3 colheres (sopa) de óleo bem quente, cozinhe primeiro as sementes de cominho, depois a cenoura e a couve-flor, por mais ou menos 3 minutos. Depois adicione os pimentões e o gengibre e deixe cozinhar até que os vegetais fiquem tenros. Mantenha o fogo baixo. O cozimento ontem levou uns oito minutos. Talvez seja preciso adicionar duas ou três colheres (sopa) de água durante o processo para que os vegetais não ressequem. Queremos eles tenros e não secos e queimados!
Quando o arroz estiver pronto e os vegetais, tenros, adicione o arroz à frigideira e misture-o com os vegetais, aproveitando bem o óleo/caldo no fundo da frigideira. Deixe o arroz fritar um pouquinho também, mexendo sempre. Desligue o fogo e acrescente o limão e o coentro, misturando. Pronto!
TOOR DAL
Ingredientes:
1 xícara de lentilhas
3-4 xícaras de água
2 colheres (sopa) de óleo
1 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de cúrcuma
1 colher (chá) de gengibre ralado bem fininho
1 colher (chá) de garam masala
Esse é bem fácil: refogue o gengibre e as lentilhas no óleo quente, depois adicione a água (que deve ser suficiente pra cozinhar as lentilhas) e o resto dos ingredientes e deixe cozinhando. O único problema é que lentilhas demoram décadas, então use uma panela de pressão (por mais ou menos sete minutos) ou deixe as lentilhas de molho um dia antes e cozinhe-as por uma hora e meia (afeeeeeeeeeeeee). Eu como não tenho a tal panela mas sou ishperta, comprei lentilhas pré-cozidas (sem tempero), enlatadas.
Depois de se sacrificar na cozinha, é só servir os dois pratos com uma saladinha de tomate, pepino e salsinha picados. E trocar o jantar por uma massagem tântrica, dependendo do(s) seu(s) convidado(s).
Eu nunca fui à Índia, mas qualquer pessoa que já tenha visitado a Europa, principalmente a Grã-Bretanha, já teve contato com a cultura indiana. Em Londres há um restaurante indiano em cada esquina - todos os bairros têm ao menos um local indian. Geralmente são baratos, não tanto quanto os chineses, mas gastando trinta libras já comprei comida que durou uns três dias pra almoço e jantar... Não tem miséria com eles não!
Sei também que "comida indiana" é um termo genérico demais, visto que as diferentes regiões da Índia têm cada uma sua cozinha e seus pratos preferidos - e as cozinhas do Paquistão e de Bangladesh acabam também caindo no mesmo rótulo. Isso porque, para o leigo, são mesmo semelhantes na aparência e no uso de temperos. Mas não se engane: cada ramo da cozinha indiana possui uma ampla seleção de pratos e técnicas culinárias. Embora grande parte das receitas seja vegetariana, muito pratos indianos tradicionais incluem frango, peixe, bode, cordeiro e outras carnes. Bife não é comido pela maioria dos hindus.
Em São Paulo eu contei apenas sete restaurantes indianos:
Delhi Palace: Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 1132 - Itaim Bibi - (11) 3073-1209
Ganesh Av. Roque Petroni Jr., 1089 - Shopping Morumbi - (11) 5181-4748
Gopala: Rua Antônio Carlos, 413 - Cerqueira César - (11) 283-3867
Govinda: Rua Princesa Isabel, 379 - Brooklin - (11) 5092-4816
Maha Mantra: Rua Fradique Coutinho, 766 - Vila Madalena - (11) 3032-2560
Puri Bar & Restaurante: Rua Augusta, 2052 - Jardim Paulista - (11) 3081 - 8667
Tandoor: Rua Dr. Rafel de Barros, 408 - Paraíso - (11) 3885-9470
E isso que o tal Puri se diz indiano, mas no site oferece feijoada aos sábados... Sei não! Melhor confirmar antes de ir. Aliás eu mesma nunca fui em nenhum deles, por isso se você já foi, me escreva contando.
Em Caracas o único restaurante listado é o Masala [Av. Francisco de Miranda, Torre Delta - Altamira - (0212) 267-0878]. Vale a pena ir se você, como eu, está em plena crise de abstinência de curry. Isso porque a experiência é bem fraquinha: o restaurante tem aquela cara de hotel, um salão grande com toalhas de mesa creme e mobília escura. E no cardápio, pelo que eu me lembre, não se vêem mais que dez opções. Como assim! Qualquer takeaway (os restaurantes só "para levar" dos britânicos) indiano minúsculo oferece no mínimo o triplo disto. Meu curry estava gostoso; mas o risoto vegetariano que o Paul pediu, não. De toda forma eu nunca vi risoto em nenhum cardápio indiano antes.
Pois bem, então bora ser uma gulosa auto-suficiente e catar umas panelas e assaltar a prateleira de temperos do supermercado. E achar umas receitas fazíveis, algo para os iniciantes, de preferência vegetarianas, que na minha opinião são o que os indianos fazem melhor.
Minha amiga Karla, boa professora que é, me indicou o Manjula's Kitchen, de uma senhorinha indiana que ensina receitas vegetarianas básicas com vídeo, passo a passo. É realmente idiot-proof.
Como ela ensina em inglês e eu sou uma boa alma, vou fazer o obséquio de explicar algumas receitas que eu testei aqui no blog.
A de hoje é o meu jantar de ontem: Pulav (arroz com vegetais) e Toor Dal (lentilhas).
Note que eu não sou indiana e que vivo em Caracas, portanto tive que fazer algumas adaptações, por falta deste ou daquele tempero, pois tive que me contentar com o que tinha no supermercado (que por sinal é o que se encontra nos supermercados brasileiros também). A receita original está no site.
PULAV
Ingredientes:
Para o arroz
1 xícara de arroz
1 xícara de sementes de cominho
2 folhas de louro
1 colher (chá) de sal
Para os vegetais
1 colher (chá) de sementes de cominho
1 cenoura picada
1 xícara de couve-flor picada
1/4 de pimentão vermelho picado
1/4 de pimentão verde picado (se você gosta de sabores picantes, substitua este por pimenta verde ardida picada)
1 colher (chá) de gengibre ralado fininho
1/2 colher (chá) de garam masala*
1 colher (sopa) de suco de limão
coentro picado para enfeitar
* Garam masala é um tempero que combina cinco especiarias ou mais especiarias. Sua composição varia nas diferentes regiões da Índia. Como eu não tinha garam masala pronto, segui uma receitinha básica:
- 2 cravos
- 1/4 colher (chá) de sementes de cominho
- 1/4 de ramo de canela picado
- 1/4 colher (chá) de noz-moscada
- 1/4 colher (chá) pimenta preta
Misture tudo e se tiver um pilãozinho ou espremedor de alho, tente moer a mistura. Eu não tinha, então adicionei um pouco de água e fervi. A mistura rende o equivalente a 1 colher (chá) de garam masala. Pra este jantar, dobre as quantidades, porque você vai precisar de uma pros vegetais e uma pras lentilhas.
Modo de preparo:
Esquente 2 colheres (sopa) de óleo e refogue as sementes de cominho. Adicione o arroz e as folhas de louro, deixe refogar por um minuto e adicione água suficiente (em torno de duas xícaras). Deixe cozinhando e vá preparar os vegetais.
Em uma frigideira com 3 colheres (sopa) de óleo bem quente, cozinhe primeiro as sementes de cominho, depois a cenoura e a couve-flor, por mais ou menos 3 minutos. Depois adicione os pimentões e o gengibre e deixe cozinhar até que os vegetais fiquem tenros. Mantenha o fogo baixo. O cozimento ontem levou uns oito minutos. Talvez seja preciso adicionar duas ou três colheres (sopa) de água durante o processo para que os vegetais não ressequem. Queremos eles tenros e não secos e queimados!
Quando o arroz estiver pronto e os vegetais, tenros, adicione o arroz à frigideira e misture-o com os vegetais, aproveitando bem o óleo/caldo no fundo da frigideira. Deixe o arroz fritar um pouquinho também, mexendo sempre. Desligue o fogo e acrescente o limão e o coentro, misturando. Pronto!
TOOR DAL
Ingredientes:
1 xícara de lentilhas
3-4 xícaras de água
2 colheres (sopa) de óleo
1 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de cúrcuma
1 colher (chá) de gengibre ralado bem fininho
1 colher (chá) de garam masala
Esse é bem fácil: refogue o gengibre e as lentilhas no óleo quente, depois adicione a água (que deve ser suficiente pra cozinhar as lentilhas) e o resto dos ingredientes e deixe cozinhando. O único problema é que lentilhas demoram décadas, então use uma panela de pressão (por mais ou menos sete minutos) ou deixe as lentilhas de molho um dia antes e cozinhe-as por uma hora e meia (afeeeeeeeeeeeee). Eu como não tenho a tal panela mas sou ishperta, comprei lentilhas pré-cozidas (sem tempero), enlatadas.
Depois de se sacrificar na cozinha, é só servir os dois pratos com uma saladinha de tomate, pepino e salsinha picados. E trocar o jantar por uma massagem tântrica, dependendo do(s) seu(s) convidado(s).
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